Muito provavelmente você já leu ou escutou em algum momento a expressão inteligência artificial. O uso recorrente dessa expressão, o que torna verdadeira a frase anterior, está atrelado a alguns pontos interessantes.
Um deles é a presença dessa ideia em obras de ficção científica, seja no cinema ou na literatura. Outro, é o uso cada vez maior dessa tecnologia em áreas cada vez mais próximas de nossas rotinas.
Ainda assim, mesmo com sua popularização, seja pela cultura popular ou pelo mercado, falar sobre inteligência artificial pode ser confuso para algumas pessoas. Tal confuso cria espaço para mitos (e medos).
Máquinas no lugar de humanos?
Seremos controlados por inteligências artificiais?
Essa mistificação e falta de compreensão podem estar relacionadas à imagem difundida a partir das produções da ficção e também à aparente distância entre tecnologia e usuário comum. O que é, afinal, a inteligência artificial e como nos relacionamos com ela?
Não é novo o movimento de trazer para a cultura popular a ideia de máquinas que pensam sozinhas. Lá no século passado, na década de 1920, começou a circular o filme Metrópolis, uma produção de Fritz Lang que trazia em seu enredo uma personagem que era uma andróide, um robô dotado de inteligência.
Esse termo android, inclusive, muitas vezes aparece associado à ideia de inteligência artificial e em muitas obras de ficção ocupam os lugares dos vilões, aqueles que representam uma ameaça à humanidade.
O medo nesses casos pode ser entendido como uma resposta àquilo que não se conhecia e que muitas vezes ainda nem existia.
Fato é que mais ou menos na década de 1930, o cientista e matemático britânico Alan Turing desenvolveu uma máquina capaz de desenvolver operações lógicas de forma autônoma.
A história de Turing, inclusive, foi adaptada para o cinema em 2014.
Essa proximidade temporal entre ficção e realidade da inteligência artificial é importante para entendermos como nossa compreensão sobre os sistemas inteligentes se desenvolveu.
As primeiras ferramentas, antes ainda do desenvolvimento dos computadores, que foram capazes de processar informações, baseavam suas operações no desenvolvimento de linguagens simples e lógicas.
Normalmente utilizando códigos binários, ou esquemas de tentativa e erro (sim e não, certo e errado), criando uma cadeia de eventos que se desenvolviam automaticamente.
De cadeias simples e dados pouco numerosos, as linguagens de processamento foram se tornando mais complexas, o que resultou no aumento da capacidade das máquinas.
Hoje, as inteligências artificiais estão relacionadas a uma outra ideia, o algoritmo, ou uma sequência de ações que podem trazer soluções para determinados problemas. É como utilizar uma plataforma de streaming e sempre receber recomendações de conteúdos que nos agradam.
Essa capacidade de construir soluções está diretamente relacionada à possibilidade de gerar, armazenar e processar informações. E o que é nossa linguagem, aquela que usamos para nos comunicar, senão um grande conjunto de informações que geramos, armazenamos e processamos?
Em nós seres humanos e em outros animais, as informações são geradas, armazenadas e processadas em nossos cérebros. Grandes máquinas capazes de reconhecer o mundo que nos cerca, identificar informações e criar respostas aos estímulos que recebemos.
Neles, ficam guardadas as informações que aprendemos desde os primeiros momentos de nossas vidas. Sempre que necessário, os dados que armazenamos são mobilizados e conseguimos criar respostas.
Pode parecer estranho, mas os sistemas artificiais que funcionam automaticamente se baseiam no mesmo princípio. Primeiro é preciso construir uma linguagem que seja capaz de processar um grande conjunto de dados.
Os dados são coletados em linhas de produção, em aplicativos de redes sociais, em plataformas de streaming e em sistemas bancários, por exemplo. Eles podem ser armazenados em grandes servidores e, atualmente, em grandes arquivos que funcionam em nuvem.
Para que sejam analisados de forma satisfatória, os conjuntos de informações armazenados precisam caminhar por vias que se abrem dentro da linguagem da inteligência responsável pela análise.
Aquele esquema de tentativa e erro, de forma bem simplista, pode ajudar a entender como esse caminho funciona.
Se escuto apenas os primeiros segundos de uma música e passo para outra, a inteligência de um aplicativo de músicas entende que aquele conteúdo não é do meu interesse.
Associado ao conteúdo está um conjunto de informações que podem categorizar e identificá-lo. Estilo, gênero, cantor, compositor, nacionalidade. São informações que ajudam no reconhecimento de qual caminho a ser seguido.
Da mesma forma, em uma linha de produção ou de distribuição, é possível reconhecer, por exemplo, se uma embalagem com código X deve seguir pela direita ou pela esquerda.
Ou em qual caminhão deve ser acomodada para que seja distribuída.
Em uma indústria 4.0, aquela que utiliza soluções automatizadas para a geração, o armazenamento, o processamento e a transmissão de dados, uma inteligência artificial é um grande diferencial.
Os ganhos resultantes de seu uso estão relacionados à otimização dos processos internos - as linhas de produção e montagem - e àqueles da parte distributiva - como o exemplo do caminhão.
Hoje, sistemas de leitura de códigos de barras que se baseiam em inteligência artificial são realidade. Um exemplo é o RapidRx, software desenvolvido pela TrackTraceRx, líder em soluções para a rastreabilidade de produtos.
Talvez devido à proximidade entre ficção e inteligência artifical, é comum que pensemos sobre como será o desdobramento dessas inovações.
Lá no começo do artigo você viu a pergunta: “Máquinas no lugar de humanos?”.
A resposta é: não.
O uso de inteligências artificiais ainda é dependente de humanos que possam operar as ferramentas e controlar as linguagens com as quais operam.
Isso faz com que seja cada vez maior o movimento de aperfeiçoamento de funcionários para que possam realizar suas atividades.
E certamente uma resposta negativa à pergunta traz um pouco de tranquilidade aos mais apaixonados pela ficção científica. Por hora não viveremos dentro da Matrix.
Ficou interessado no assunto e quer conhecer mais na prática o uso de inteligência artificial em cadeias produtivas? Não deixe de conhecer as soluções da TrackTraceRx.