Junto a outras tecnologias e padrões GS1, o GS1 DataMatrix está revolucionando a indústria da saúde e as operações logísticas em cadeias de suprimentos mundiais!
Ao contrário de outras simbologias GS1, o código de barras GS1 DataMatrix é bidimensional (2D). Isso significa que ele permite a codificação de uma grande quantidade de informações em um espaço reduzido.
Gravado a partir de um laser na superfície de um produto, o GS1 DataMatrix torna-se inapagável e resistente a situações adversas, como substâncias de ambientes industriais que podem causar desgaste.
Dessa forma, em condições onde os códigos de barras convencionais (ou lineares) não são adequados, o GS1 DataMatrix faz o trabalho!
Este é o nosso guia definitivo sobre os aspectos técnicos do GS1 DataMatrix que você precisa conhecer antes de dar qualquer passo!
Código 1D e 2D: existe tanta diferença assim?
Não sabe qual a diferença entre os diferentes tipos de códigos de barras?
Os códigos de barras unidimensionais, conhecidos como 1D, codificam dados em apenas uma direção.
Já os códigos de barras bidimensionais, os 2D, codificam dados em área e em duas direções.
Os códigos 1D, também chamados de códigos de barras lineares, são símbolos com linhas paralelas, de larguras e espaçamentos variados e cores contrastantes - como os códigos EAN!
Os códigos 2D são os códigos de matriz de dados, com formato quadrado na maioria das aplicações. Codificam informações em pequenos quadrados de cores contrastantes que formam o padrão de tempo. Além dele, os 2D também possuem um padrão de localização (em formato de “L”).
Entenda de vez o código de barras GS1 DataMatrix
O código de barras DataMatrix possui algumas versões mais antigas, porém o tipo DataMatrix ECC 200 é o mais atualizado.
A versão ECC 200 foi internacionalmente padronizada e a responsável por atualizar a correção de erros do código, visando acabar de vez com os problemas de distorção.
Por dentro do código GS1 DataMatrix
Versão do código: DataMatrix ECC200.
FNC1: especificação padrão GS1 adicionada no topo dos dados.
Identificador de Aplicação: Código adicionado logo ao início da faixa de dados que define os tipos de informações que acompanham o código.
A partir de agora, sempre que ler o nome GS1 DataMatrix neste texto, considere que estamos tratando da versão mais atualizada, a ECC 200!
Conheça a estrutura do GS1 DataMatrix
O GS1 DataMatrix é um código aplicável em uma infinidade de operação nas diferentes indústrias, composto por duas partes:
- O Padrão de Localização: que permite que o scanner localize as informações no código impresso;
- E os dados: que são as informações codificadas ali.
O Padrão de Localização é responsável por definir a forma quadrada ou retangular, o tamanho mínimo dos pontos pretos e brancos e o número de linhas e colunas do código impresso.
Este Padrão de Localização é a linha escura que podemos ver logo abaixo e à esquerda do código impresso. Nele os dados codificados correspondem a caracteres numéricos e alfanuméricos.
Os outros dois lados são o Relógio de Sincronismo, alternado em quadrados pretos e brancos, que define a base da estrutura do código impresso.
O GS1 DataMatrix ainda possui a Zona Clara (uma margem branca obrigatória, também presente em códigos lineares). A zona tem uma largura constante em todos os lados igual a Dimensão-X do código impresso: que é o tamanho mínimo dos quadrados brancos e pretos.
Especificamente na versão ECC 200 do GS1 DataMatrix, o código impresso tem um número par de linhas e colunas. Assim a versão sempre tem um quadrado branco no canto superior direito.
O formato do código impresso
O código GS1 DataMatrix pode ser impresso em dois formatos de símbolos. A escolha vai de acordo com o espaço disponível no produto, a quantidade de dados a ser codificada, o tipo de impressão e outros fatores técnicos.
A forma quadrada pode codificar maiores quantidades de dados, portanto é a mais utilizada. Mesmo assim, a forma retangular soluciona necessidades específicas de velocidade de impressão na linha de produção.
A forma retangular, de altura limitada, se adapta melhor quando as indústrias precisam aplicar alguma técnica de impressão em alta velocidade, abrangendo uma grande quantidade de itens. Mais impressões em menos tempos, sem erros!
A capacidade de codificação
O tamanho do GS1 DataMatrix impresso (quadrado ou retangular) é resultado da quantidade de dados codificados nele.
O formato retangular tem a possibilidade de 6 tamanhos diferentes, sempre variando o número de linhas e colunas. Já o formato quadrado atinge até 24 dimensões diferentes na impressão.
Capacidade máxima de codificação do formato quadrado:
- 2335 caracteres alfanuméricos;
- 3116 caracteres numéricos.
No formato retangular:
- 72 caracteres alfanuméricos;
- 98 caracteres numéricos.
Correção de erros: Reed-Solomon
A versão ECC 200 é a única que trabalha a correção de erros de forma sistemática, localizando erros e os corrigindo quando possível.
Reed-Solomon é um grupo específico de códigos que corrigem erros. Eles permitem que dados corrompidos sejam recuperados por meio da mensagem original completa.
De acordo com as definições da GS1 Global, o Reed-Solomon funciona da seguinte forma: reconstitui os dados originalmente codificados a partir de um cálculo que os recupera e localiza os erros durante a captura do código (provenientes de problemas na impressão, degradação da aplicação etc.).
É capaz de localizar e corrigir uma quantidade específica de símbolos errados. Como um código de eliminação, corrige uma quantidade específica de apagamentos em locais desconhecidos ao algoritmo ou corrigir combinações de erros e apagamentos
A localização do código impresso
Aqui é importante ressaltar que a localização do GS1 DataMatrix em um produto deve ser determinada pelo fabricante, considerando:
- O espaço disponível para impressão na embalagem;
- O tipo de produto, o tipo de impressão e o material utilizado (impressão em embalagem, etiqueta etc.);
- A finalidade do código (será lido em ambiente automatizado? Por leitores manuais?).
Como discutimos no tópico “Conheça a estrutura do GS1 DataMatrix”, a Margem de Silêncio é um fator decisivo para a aplicação do GS1 DataMatrix e pode ser uma limitação, então precisa de atenção!
Dobras na embalagem, curvaturas ou costuras podem atrapalhar a leitura do código, então também devem ser consideradas ao escolher o local mais apropriado.
Se você chegou até aqui, temos um material oficial que pode te ajudar! Acesse este guia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e entenda todas as recomendações sobre a aplicação do GS1 DataMatrix em uma embalagem de medicamento.
A leitura e decodificação do código impresso
Depois de impresso, o GS1 DataMatrix pode ser lido com um dispositivo de leitura que captura os dados codificados.
O escaneamento do código se refere aos dois passos do processo:
- A leitura: leitura do contraste entre os quadrados brancos e pretos;
- A decodificação: o processamento dos dados codificados.
Mas sendo um código de barras bidimensional (2D), o GS1 DataMatrix só pode ser escaneado por câmeras de imagem (as mesmas presentes em smartphones e tablets, por exemplo).
Os leitores convencionais - os presentes no dia a dia dos varejos - reconhecem apenas linhas lineares. Já os scanners de câmera, que reconhecem códigos 2D, também capturam com facilidade os códigos 1D tradicionais.
Esse é um sinal de que investir em tecnologia é sempre um bom caminho.
Após a decodificação os dados são destinados a um sistema de informação, onde as informações são novamente processadas.
Depois deste breve guia técnico ainda sobraram dúvidas? O código de barras GS1 DataMatrix é um dos mais utilizados no mundo todo e foi atualizado em diferentes versões.
Para que você entenda melhor as suas características técnicas de codificação, impressão e leitura acesse este documento oficial da GS1 Global, que contém explicações detalhadas, tabelas ilustrativas e muito mais!
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